Guia co-living para o proprietário

Para saber o que é “co-habitação”, criamos um guia co-living para o proprietário entender como funciona esse estilo de vida compartilhada.

Co-living combina indivíduos com interesses semelhantes, quartos privados, muito espaço compartilhado, muitas comodidades e aluguéis de curto prazo.

O que antes era uma opção de moradia reservada para o dormitório da faculdade agora está se tornando mais popular entre os profissionais de todo o país. 

É uma maneira de driblar os aluguéis cada vez mais altos em mercados quentes, que acaba também se tornando outra boa opção para proprietários.

O que é co-living?

Embora a acomodação compartilhada sempre tenha existido, o co-living, termo em inglês que quer dizer compartilhar morada, é uma abordagem considerada mais interessante para alugar para vários inquilinos.

Os co-living foram inspirados pelas ideias que impulsionam os ambientes de co-working, esses espaços de trabalho compartido com salas de reunião disponíveis e toda a sorte de extras, como café, chá e produtos de higiene.

Os espaços de co-living são geralmente projetados especificamente para oferecer áreas de dormitório privativas e silenciosas, com elegantes espaços de plano aberto para socialização.

Propriedades adequadas para co-living

Os espaços de convivência são especialmente populares entre os jovens e nas áreas metropolitanas.

Os conceitos de co-living para estudantes já existem há algum tempo, mas o crescimento mais recente nas conversões industriais também abriu o mercado para espaços sofisticados procurados normalmente por jovens profissionais.

A demanda por esses espaços se reflete no surgimento de empreendimentos de marca.

Essas propriedades de luxo concentram-se em serviços agregados como academias, bares e outras instalações que complementam o design dos apartamentos – vendendo um estilo de vida e não apenas um espaço.

Legislação de co-living para o proprietário

Pode haver, no entanto, algumas barreiras à entrada. Em alguns países, a conversão de propriedades é o primeiro obstáculo: na Alemanha, por exemplo, o zoneamento de propriedades para uso residencial pode levar tempo, dinheiro e papelada.

Em outros países, pode haver requisitos rigorosos para ter um espaço de convivência aprovado pelas autoridades, incluindo a aquisição de certificados de segurança e mostrando que há espaço e instalações suficientes para o número pretendido de inquilinos.

No Brasil, a modalidade de morada compartilhada ainda é algo novo, que vem sendo estudado para sua melhor compreensão na Lei do Inquilinato. 

Tanto no caso de um aluguel normal quanto no de aluguel de co-living, o que não muda é o fato de o inquilino ser o responsável pelo pagamento da casa, quarto ou até mesmo uma cama.

Além, é claro, das demais obrigações com a quitação de IPTU, água, luz e outros que constem no contrato de locação.

Para garantir que você está do lado certo da lei, este guia co-living para o proprietário sugere que você verifique os sites do governo, consulte advogados ou um bom agente imobiliário da sua cidade.

Montando o ambiente do co-living

Encontrar o inquilino perfeito pode ser difícil, e isso é ainda mais verdadeiro no caso de espaços de convivência, onde você estará procurando vários ocupantes.

Comece elaborando um conceito de co-living sólido, baseado nas amenidades locais, para encontrar o seu mercado-alvo.

As ligações de transporte público são ideais para os novos moradores? Você está perto da universidade e, portanto, tem como alvo alunos de doutorado ou pesquisadores em início de carreira? Existe uma cena cultural ou culinária próspera?

Em seguida, considere como você vai organizar e mobiliar sua propriedade para atrair seu mercado.

Você precisará encontrar um equilíbrio entre as áreas privadas, como quartos e banheiros (garantindo que haja o suficiente de cada um), e as áreas sociais, como o jardim, terraço ou até mesmo um bar.

Você pode querer fazer de uma cozinha grande e bem equipada, que certamente vai se tornar a peça central de seu projeto: já que esta será uma área chave para seus inquilinos se encontrarem e se misturarem.

Por isso é importante que seja um lugar atraente para passar o tempo, além de ter espaço suficiente e equipamentos para todos.

Por último, preste atenção aos detalhes: de banda larga super rápida a eletrodomésticos de alta qualidade, eles farão uma diferença real no estilo de vida dos seus inquilinos.

Atrair os inquilinos certos

É vital procurar um agente imobiliário local que conheça o seu mercado. Eles devem ser capazes de localizar propriedades que seriam apropriadas para conversão em co-living em termos de localização, tamanho, estilo e retorno sobre o investimento.

Eles também podem acessar sua rede para ajudá-lo a encontrar inquilinos com visão de futuro que apreciarão o estilo de vida.

Finalmente, você deve considerar cuidadosamente o seu preço. Os inquilinos que vivem juntos esperam uma boa relação custo-benefício, mas não estão procurando por uma divisão de casa barata.

Então trabalhe com seu corretor de imóveis para garantir que você encontre uma equação favorável entre o que você quer gastar e os frutos que vão te render.

Guia co-living de valores

Em uma cidade onde quartos privados custam a partir de R$ 1.200 e estúdios privados custam a partir de R$ 1.640, as comodidades incluem camas, sofás, toalhas, lençóis, HDTVs e alto-falantes, uma cozinha de chef, uma combinação de lavanderia / fliperama e um estúdio de ioga.

Pode haver também, por exemplo, um concierge em tempo integral e uma equipe de limpeza.

Ambos serviços poderiam ser oferecidos por uma “taxa de comodidade” adicional, que arcariam com serviços públicos, wifi, cabo e limpeza mensal. 

A dica de ouro que vem neste guia co-living para o proprietário que deseje criar o co-living dos sonhos é disponibilizar alguns quartos para aluguel por noite, e assim oferecer uma experiência de teste antes de alugar.